Uma pintora minha amiga - para já, vamos só chamá-la Pintora - teve, nos anos da sua formação, de fazer um exercício. Estava na escola perto da sua casa, lá para o Oeste. Acabou portanto o exercício. E não gostou do resultado. E tanto assim foi que, passados poucos meses, liberta das avaliações, decidiu que o melhor destino do trabalho era o lixo. Impressionante, porque esta Pintora mais valia chamar-se a Papeleira, como Filipe II de Espanha (sim, sou dos poucos que acha que os Filipes foram ilegalmente reis de Portugal): guarda tudo, o Universo e seus arredores.
Passaram anos, muitos, dez ou doze como os Apóstolos. Muitas obras depois (e não as que anda a fazer agora, que são de menos para a legião de fãs esfomeados pelo seu trabalho que a Pintora tem), acabou há dias um pequeno curso na sua área.
Anteontem, tendo de ir ao local da formação para assinar uns papéis, entrou num gabinete onde nunca tinha ido. Estas coisas da avaliação de tudo, que ela fez e faz com gosto, mas que aind…
cronicasdebizancio@gmail.com